Influencers de moda inclusiva inspiram mulheres com deficiência.


Moda inclusiva é o termo para a moda dedicada a pessoas com algum tipo de deficiência. Seu principal objetivo é dar autonomia e simplificar o ato de vestir levando em conta as especificidades de cada indivíduo buscando não só o conforto e a praticidade, mas também o estilo e o design.

Podemos definir a moda inclusiva como sendo a parte da indústria fashion que busca fazer roupas atendendo as necessidades das Pessoas com Deficiência (PcD).

A principal finalidade de quem faz a moda inclusiva é oferecer roupas confortáveis, simples e práticas para os deficientes. Ou seja, a intenção é facilitar o ato de se vestir, mas sem deixar de lado os designs bonitos e inovadores que, afinal de contas, todos procuramos quando vamos às compras.

Se você convive com algum deficiente, sabe que a vida deles não é fácil. Como a maioria das cidades brasileiras não têm infraestrutura e serviços adequados para eles, coisas muito simples, como comprar pão e obter atendimento em repartições públicas podem ser bem difíceis.

Vestir-se é uma destas atividades difíceis para muitos deficientes, isso porque boa parte da indústria ainda não se convenceu da necessidade de criar roupas ‘adaptadas’ para as necessidades destas pessoas.

É por isso que a moda inclusiva é tão importante para este grupo.

É através deste setor da indústria que eles conseguem encontrar produtos desenhados e feitos para atender as suas demandas que, afinal de contas, não são tão complexas e inalcançáveis assim.

No Instagram, fashionistas com deficiências cobram as marcas, dão dicas de como compor looks, de onde encontrar marcas e trocam experiências sobre acessibilidade em lojas físicas e virtuais. Enfrentando dificuldades para encontrar roupas adaptadas e que ao mesmo tempo transmitam sua personalidade, elas inspiram e empoderam outras mulheres com as mesmas necessidades que as suas.

Ao “zapear” no instagram conheci Samanta Bullock e me apaixonei pelo tema. 

A tal ponto de coloc=a-lo no programa de tv em que sou colunista, o Metamorfose na TV.

Me interessei tanto pelo assunto que pesquisei outras influencers no instagram.

Conheça algumas delas:

 

@modaemrodas –

Tove o prazer de conhecer a jornalista Heloísa Rocha na última edicao sa SPFW.

Trocamos fotos e instas e me encantei com o seu trabalho.

Heloisa nasceu com osteogênese imperfeita, os chamados “ossos de vidro”. Apaixonada por moda, ela criou o instablog para trocar informação de moda com outras mulheres com deficiência. Hoje em dia é palestrante e tem leitores do mundo inteiro que adoram seus looks do dia coloridos e chiquérrimos.

 

@thesineadburke. #PraCegoVer Sinead tem a estatura baixa e está em frente a uma parede branca. Ela veste uma saia preta longa e camiseta branca com palavras em inglês. Ela segura uma carteira de mão. Ela tem cabelos médios e olha para a frente, sorridente. @thesineadburke – A irlandesa Sinéad Burke é escritora, doutoranda, radialista e editora da British Vogue. Com seu 1,05 de altura, Sinéad se tornou uma das mais importantes porta-vozes da inclusão e está revolucionando o mundo do design e da moda com seu discurso contundente. “A estética é importante. Se você olhar para os produtos direcionados ao público com deficiência, vai ver que são horríveis”, costuma dizer a ativista. Não deixe de ver seu TED Talk: “Por que o design deveria incluir todos”

 

@mamacaxx – Aos 14 anos, a novaiorquina Mama Cáx foi diagnosticada com câncer nos ossos e nos pulmões. Com os medicamentos conseguiu se curar mas o tratamento deixou sequelas: teve uma das pernas amputadas. Hoje caminha com ajuda de uma prótese e muletas mas isso não a impediu de se tornar uma blogueira de moda e lifestyle que já viajou meio mundo. Em Instagram com mais de 160 mil seguidores conta as experiências de ser uma mulher negra com deficiência em looks mais do que estilosos. E acaba de ser eleita pela plataforma Create & Cultivate uma das 100 mulheres que “estão constantemente reinventando o que significa influenciar os outros.” Poderosa

 

@being__her – As irmãs gêmeas eritreia-etíopes Hermon e Heroda Berhane tinham 7 anos quando misteriosamente ficaram surdas ao mesmo tempo. Agora aos 35 anos, comandam um blog e Instagram incríveis onde compartilham suas referências de moda e dicas de viagens. Tudo muito alegre e estampado, nem sempre se vestem de forma totalmente igual, como várias pessoas gêmeas. Dá pra perder horas na beleza delas! No caso de pessoas surdas as roupas não precisam de adaptações mas a comunicação nas lojas físicas deve ter um cuidado. Lembrando que a Libras é a segunda língua do Brasil.

 

 

@isa.meirelles – Isa Meirelles é uma comunicóloga que atua como consultora e militante da comunicação acessível para todos. A moda é apenas uma de suas formas de expressão na luta pelo fim da invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. Assim como é errado tratar a mulher gorda como um tipo só de pessoa e como se o “plus size” fosse um estilo único, para a moda inclusiva se tornar o que pretende na prática ela deve contemplar as necessidades de cada grupo com suas particularidades. As pessoas com deficiências estão bem longe de ser um grupo homogêneo. Embora o momento ainda seja de afirmação, busca de referências e inspirações em uma sociedade que despreza pessoas fora dos padrões, que em um futuro próximo todas as pessoas tenham autonomia e opções de escolha nas suas experiências com a moda.

 

Fonte :

Flávia Durante – uol

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